Como surgiu, o que é afinal?
Yôga de Reconexão não é uma descoberta “nova” é antes um nome que surgiu e achei interessante aplicar à forma e intenção que é dada em cada uma das minhas aulas de Yôga.
As pessoas que me contatam mais de 60% nunca praticou Yôga. Mas na conversa que tenho inicial com cada uma dei conta ao longo destes anos que de alguma forma todas “ buscam” procuram algo. Às vezes não sabem o que é, e por alguma razão além da nossa compreensão mental elas procuram e acham que o Yôga lhes dará respostas às suas questões interiores.
Muitas vezes sem fazerem ideia do que o Yôga comporta. Apenas sentem o chamamento e seguem o seu coração.
Umas dizem que buscam equilíbrio, outras paz, outras querem ter um momento relaxante no seu dia, outras só querem parar a agitação mental e estar consigo mesmas, ter um tempo para si.
Existem também as pessoas que querem se auto conhecer e viram no Yôga a ferramenta certa para fazer o processo, já tendo lido até alguma coisa acerca desta filosofia.
Depois existem aquelas pessoas que dizem já fazer meditação mas gostavam de fazer Yôga porque sentem dores no corpo e isso impede-as de conseguir meditar e têm o conhecimento que o Yôga as poderá ajudar nessa parte.
Por fim as que vêm à procura da espiritualidade…o engraçado é que a espiritualidade já faz parte de todas as pessoas, mas nós esquecemos disso e começamos a dada altura da nossa vida a procurar pela espiritualidade fora de nós e damos lhe outros nomes a essa busca.
É quase sempre uma jornada de busca que parece interminável…parece que não encontramos verdadeira “verdade”.
Procuramos satisfazer uma insatisfação que vem de dentro e achamos que é fora que vamos encontrar a solução…
Será?
Amigos não é!
É dentro de nós!
Foi assim que surgiu o Yôga de Reconexão, temos que nos ligar à nossa interioridade, ao “nosso servidor”, usando uma termo conhecido já de todos nós, nós que somos da era da tecnologia.
Yôga de Reconexão no sentido de nos reconetar, de fazer todas as técnicas que esta filosofia tem, voltando-nos para dentro do nosso espaço interior, ficando presentes em nós mesmo nessa hora de prática que escolhemos ter.
Será fácil?
No inicio não é, uma mente tão treinada para o exterior, tem inicialmente uma grande dificuldade em ficar presente, em sentir, em observar. Tem que ser treinada e é esse treino que acontece nas aulas de Yôga.
Aqui acrescento que a disciplina faz parte do treino, sem ela não avançamos seja no que for, a continuidade é um fator muito importante para sairmos vencedores neste caminho interior.
Vai haver resistência, a mente vai dizer que não tem tempo, mas com o treino, com o tempo vamos nos aproximando do nosso objectivo, levar a atenção para a nossa alma e para o nosso mais profundo propósito de vida, o que viemos fazer a “esta terra”. Só a nossa alma tem conhecimento como os mestres realizados nos revelam e não a nossa mente.
Reunindo todos estes motivos e após 17 anos de ensino e prática do Yôga eu comecei a concluir de alguns anos para cá que todos procuram e querem o mesmo. Atribuem formas, motivos e classificam com palavras diferentes, palavras muitas vezes que são quase sinónimos umas das outras…por isso tudo e pela minha própria experiência no passado, por eu própria ter vivido alguns anos da minha vida com essa sensação interior resolvi atribuir à forma como ensino as minhas aulas, a palavra “Reconexão”, Yôga de Reconexão.
As técnicas em si vêm do Yôga Antigo, o Yôga de Shiva, fui formada pela Universidade de Yôga desde 2005
Durante 7 anos fui aluna desta rede de escolas que existiu em Portugal.
Tal como no futebol existem muitos treinadores, “ instrutores” da especialidade, também no Yôga isso acontece. Uns conseguem inspirar e treinar os seus jogadores a marcar golo e outros não, o mesmo se passa na arte do Yôga.
A minha intenção em cada aula é que cada um se sintonize mais consigo próprio…
É um trabalho de equipa também. Da parte do aluno a importância de estar presente, ao entrar na aula, internamente se disponibilizar a estar ali e “ agora ” naquele momento com a sua atenção focada. Da minha parte o estar atenta às necessidades daquela turma que tenho à minha frente.
Acontece muitas vezes o aluno ter a expectativa de uma aula e a aula ter precisamente as técnicas opostas aquelas que ele desejava… Nem sempre o que desejamos é aquilo que nos faz falta ou é o melhor para a nossa alma.
Esta tem sido também uma conclusão que tenho tido ao longo dos anos e só “Deus saberá os porquês” e assim aprendi a confiar e aceitar aquilo que sinto, assim surgiu a nome, Yôga de reconexão.
Ana Luísa Paulo (Lalita)